Na edição desta semana do programa “Local Global”, Fábio Pinto ironizou com a situação que a Câmara da Guarda poderá conhecer a partir do momento em que Álvaro Amaro suspenda as funções até à tomada de posse como deputado no Parlamento Europeu: o município «vai parecer o Vaticano», com um presidente em funções e «um presidente emérito». Um «condicionamento» que não faz sentido, afirma, ao mesmo tempo que alerta para a necessidade de ser feito, o quanto antes, um balanço do mandato e meio do ainda presidente da Câmara. Essa é uma iniciativa política que deve caber à oposição e em especial ao Partido Socialista. Mas o comentador da Rádio constata que há duas velocidades na forma como os campos políticos estão a gerir o actual momento: o PSD com aparente eficácia e acções já visíveis e a oposição presumivelmente a articular «desenvolvimentos» na estratégia. Mas é fundamental que as estruturas socialistas, por exemplo, levem a cabo «um trabalho redobrado» para «conseguir chegar perto das pessoas», de modo a que o partido se apresente «com maior força e mais preparado para ambicionar ganhar as eleições autárquicas». Até porque, considera, desengane-se quem na oposição apenas pense que fique tudo muito mais fácil com a saída de Álvaro Amaro, bastando aguardar por desentendimentos na equipa da maioria social-democrata. Há factores que podem vir a ser benéficos para o PSD, como a entrada da futura vereadora Cecília Amaro para o executivo, «por toda a proximidade que vai tendo com as freguesias e com as associações». «Não haveria melhor contributo» que o novo presidente da Câmara «poderia ambicionar», ao mesmo que se tornará em mais um “perigo” que a oposição terá de levar em conta.
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