O Centro Hospitalar da Cova da Beira rebate quase todas as declarações que a directora do Serviço de Obstetrícia do Hospital Sousa Martins deu à Rádio, no início deste ano [ver aqui], menos uma, que era o ponto central das declarações da médica: a de que se registaram mais partos na Guarda. A entrevista de Cremilda Sousa no início de Janeiro deu mesmo origem a uma posição por escrito na unidade hospitalar com sede na Covilhã, em que nega que haja informação duplicada no registo e contagem de partos, desmentindo também que tenha havido, no passado, manipulação ou ajustamento estatístico dos números para colocar aquela maternidade no topo do número de nascimentos, numa altura em que se temia o encerramento de um ou mais blocos de partos na Beira Interior. Miguel Castelo Branco, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira, lamenta as declarações de Cremilda Sousa e recomenda à Unidade Local de Saúde da Guarda que evite que os próprios profissionais ponham em causa o «bom relacionamento» entre as duas entidades. É a segunda vez, no espaço de menos de um ano, que responsáveis clínicas do Hospital da Guarda defendem os próprios serviços, contra o que dizem ser uma tentativa de supremacia imposta pela Covilhã. Cristina Gamboa também veio, em Maio do ano passado [recordar aqui], denunciar que a Cardiologia da Guarda «tem sido menosprezada» por «tentativa de centralização» por parte do Centro Hospitalar da Cova da Beira. Tomadas de posição a que, na cidade vizinha, os responsáveis hospitalares não estariam habituados.
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Actualização com a reacção do conselho de administração da Unidade Local de Saúde da Guarda: ver aqui