O antigo presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, considera que a requalificação da Linha da Beira Baixa, tanto nos trabalhos já efectuados como nas obras em curso no troço que falta (Covilhã-Guarda) é um «investimento desperdiçado», pois não prepara a via para o futuro nem corrige grande parte das limitações à circulação. O projecto devia ter sido dimensionado para um verdadeiro corredor ferroviário que viesse a servir a região, potenciado a economia, o turismo e a mobilidade entre as cidades. Declarações no programa da Rádio “O Mundo Aqui”, onde Carlos Pinto considerou que «a ligação da Guarda a Lisboa praticamente não tem benefício nenhum» com a conclusão da linha, pois devia permitir «ter um comboio a 120 quilómetros à hora», tal como «duas vias para se cruzarem sem problemas» e «pontes já preparadas para isso mesmo», o que não acontecerá. Também lamenta que o troço final, agora em requalificação, não permita outras valências de interesse lúdico e turístico: «aproveitando algum trabalho que agora se podia fazer de desmontagem de taludes, uma ciclovia da Guarda até à Cova da Beira» seria um projecto estruturante e sem pesados custos acrescidos.
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