Por pouco o PS não falou a duas vozes e ao mesmo tempo. À hora em que estava a terminar a conferência de imprensa do candidato à Câmara, Eduardo Brito, estava Joaquim Carreira a sentar-se na mesa do executivo municipal. O vereador não esteve ao lado do cabeça de lista naquela que foi a primeira intervenção pública após o anúncio da candidatura, há três semanas. Eduardo Brito apenas esteve acompanhado, na sede do PS, pelo presidente da concelhia, João Pedro Borges, pelo deputado Santinho Pacheco e pelo líder da bancada na Assembleia Municipal, António Monteirinho. E deixou entender que não sabia da realização da sessão da Câmara, agendada quase para a mesma hora. Joaquim Carreira tentou depois desvalorizar o facto mas acabou por admitir que não fora informado acerca da hora e dos temas da conferência de imprensa. O candidato às autárquicas procurou assim marcar a agenda política, falando do anúncio da solução para o Hotel de Turismo, da nomeação da nova administração da Unidade Local de Saúde (e da exigência da concretização das obras da segunda fase do Hospital) e da reivindicação de um Tribunal Administrativo e Fiscal para a Guarda. E o vereador, ao saber que um dos temas abordados por Eduardo Brito tinha sido o Hotel de Turismo, aproveitou para se regozijar pelo facto de o Governo ter seguido o caminho que tantas vezes ele próprio, Joaquim Carreira, defendeu ao longo dos últimos quatro anos nas reuniões do executivo municipal.
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