
A Câmara da Guarda e nove Juntas de Freguesia exigem uma «resposta urgente» da Unidade Local de Saúde (ULS) e do Ministério da Saúde ao fecho de várias extensões de saúde no concelho.
«O encerramento das extensões de saúde nas freguesias do Porto da Carne e Rochoso-Monte Margarida, e a degradação dos serviços em Vila Fernando e Castanheira, representam um grave retrocesso na garantia de um direito fundamental consagrado na Constituição da República Portuguesa: o acesso à saúde», alerta a autarquia numa nota enviada a O INTERIOR.
A tomada de posição envolve, além do município, as Juntas de Castanheira, Cavadoude, Porto da Carne, Pousade-Albardo, Vila Fernando, Vila Garcia, Rochoso-Monte Margarida, Vila Cortês do Mondego e Sobral da Serra.
Esta «profunda preocupação» pela situação já foi dada a conhecer ao Conselho de Administração da ULS da Guarda e surge do «legítimo apelo das populações que, diariamente, enfrentam dificuldades reais no acesso a cuidados de saúde, num território vasto, com população envelhecida, recursos limitados e mobilidade reduzida».
Os subscritores reclamam a reabertura imediata destes serviços, que consideram ser «uma alavanca fundamental para a fixação de jovens e famílias no concelho». Alertam, ainda, para «a urgência de se atender à realidade concreta do território e evitar soluções padronizadas que penalizam os territórios mais frágeis».
A Câmara da Guarda e as nove Juntas de Freguesia afetadas avisam que não vão «baixar os braços» até que seja reposta «a justiça social e territorial» para os habitantes destas localidades.