A Câmara da Guarda recusa que tenha alguma dívida à empresa Viúva Monteiro, do Sabugal. A transportadora rodoviária de passageiros fez saber que estão suspensas as carreiras entre os dois concelhos, dizendo haver pagamentos em atraso, mas a autarquia responde que não é assim e lamenta a «tentativa de pressão». Há apenas contratos para fornecimento de transportes escolares em que o município paga o valor do passe escolar, de acordo com uma tabela e com o número de alunos e nas zonas do concelho da Guarda onde não pode assegurar o transporte de estudantes por meios próprios. Concretamente, no corrente ano estavam em vigor, até Junho, dois contratos (um de 43 mil e 600 euros e outro de 29 mil e 800 euros), como compensação pelos passes escolares nas ligações entre a zona Nascente do concelho (Monte Margarida, Penedo da Sé e Pêga) e a Guarda. Diferente é o serviço de transporte público intermunicipal: trata-se de uma oferta não comparticipada, explica o presidente da Câmara. E ainda que possa ser um negócio deficitário para a operadora que explora este mercado, Carlos Chaves Monteiro estranha que só agora seja pedida uma compensação por um serviço que já é prestado há anos. A empresa terá exigido mais de 170 mil euros, que o município recusa suportar. O diferendo segue agora para análise pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, que passou a ter a competência da gestão da rede de transportes rodoviários de passageiros.
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