Cada habitante de Fornos de Algodres deve 6.300 euros. Os de Almeida, Gouveia e Sabugal devem dez vezes menos - Rádio Altitude

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Tomando como referência os dezassete concelhos que formam o distrito da Guarda ou que integram a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, encontramos uma enorme disparidade entre os graus de endividamento das autarquias. Está neste território, por exemplo, o concelho onde a dívida municipal por habitante é a maior do país: Fornos de Algodres, com 6.627 euros. Mas há autarquias em que essa dívida por pessoa é, em comparação, dez vezes menor: em Belmonte, Almeida, Gouveia e Sabugal estima-se na ordem dos 600 euros. Aguiar da Beira, Pinhel e Vila Nova de Foz-Côa conseguem não ultrapassar a casa dos 700 euros. Na Guarda, a dívida do município por habitante é de 978 euros. Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Manteigas, Meda e Trancoso ultrapassam a fasquia dos 1.000 euros. Seia atribui mais de 2.300 euros de dívida a cada munícipe e Celorico da Beira e Fundão aproximam-se dos 3.000 euros.

Estes são números referentes a 2013 e disponíveis no Portal da Transparência Municipal, que acaba de ser disponibilizado pelo Governo. Há dados sobre múltiplas áreas da gestão autárquica. Fica-se a saber, por exemplo, que a Câmara Municipal de Fornos de Algodres tem anualmente compromissos só com a dívida que são cinco vezes superiores às receitas. Na Covilhã, no Fundão e em Seia essa relação é na ordem do triplo das receitas e na Guarda a dívida de 1,4 vezes a receita. As autarquias que têm uma gestão mais confortável são as de Foz-Côa, Aguiar da Beira, Almeida e Sabugal, todas com endividamento abaixo dos 50 por cento.

Há um concelho, o da Meda, que tem 40 trabalhadores municipais por 1000 habitantes e um, o da Covilhã, onde essa relação é de 7 funcionários. A Guarda, tal como Gouveia, tem 15. Mas é na despesa com pessoa que a Câmara da Guarda surge destacada no conjunto das dezassete: mais de 9 milhões e 300 mil euros em 2013. Fundão gastou pouco mais de 6 milhões. Covilhã e Seia tiveram custos na ordem dos 5 milhões. Manteigas foi a que teve menor despesa, cerca de 1 milhão e 400 mil euros.

O saldo orçamental (a diferença entre as receitas e as despesas) foi no ano passado negativo em 13 milhões de euros na Câmara da Guarda. Mas no Fundão chegou aos 45 milhões. Com saldo positivo, só as câmaras de Almeida, Pinhel e Figueira de Castelo Rodrigo.

Fundão é também o concelho com maior montante de auxílio financeiro em programas de assistência (planos de regularização de dívida, como o PREDE e o PAEL): recebeu 44 milhões de euros. A Guarda surge a seguir, com 31 milhões. Os restantes pediram, em comparação, financiamentos irrisórios e alguns não recorreram (porque não puderam, caso de Fornos de Algodres) a estes programas.

Mas há concelhos onde ao endividamento correspondeu investimento. Destaca-se o Fundão, que criou infra-estruturas ou adquiriu bens no valor de 38 milhões de euros. A Covilhã investiu 9 milhões de euros e a Guarda mais de 7 milhões. Foz-Côa, Gouveia e Sabugal aplicaram cerca de 5 milhões cada uma. 

Em termos de financiamentos comunitários a autarquia do Fundão foi a que mais recebeu em 2013, cerca de 5 milhões de euros. A segunda foi a da Guarda, com 3 milhões e meio.

O portal já fornece também dados referentes a 2014. Fica-se a saber que até 17 de Julho a Câmara da Guarda já tinha realizado adjudicações ou ajustes directos no valor de 1 milhão e 100 mil euros. Mas também aqui o Fundão é recordista: no mesmo período já tinha ultrapassado os 2 milhões e 200 mil euros.

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