As três corporações de bombeiros do concelho da Guarda prosseguem o braço de ferro com a Câmara sobre os montantes dos subsídios previstos no orçamento para o corrente ano (17.500 euros é quanto está em plano, sendo este o valor global das subvenções directas às associações da Guarda, de Gonçalo e de Famalicão da Serra) e a última forma de protesto, depois de um comunicado conjunto em anúncio publicitário na imprensa (ver notícia anterior aqui), é a recusa concertada à formação de guarda de honra na cerimónia do içar das bandeiras nas celebrações oficiais do 25 de Abril. Álvaro Amaro garante que nada fará para demover os bombeiros e que o programa seguirá sem eles, com o toque do hino nacional pela Banda de Famalicão da Serra. Afirma, no entanto, que recusa levar «desaforos para casa», querendo com isso dizer que, na opinião da autarquia, as corporações não têm razão. E explica que, desde o início do actual mandato e até o final do corrente ano, as três associações terão recebido um total de quase 350 mil euros, entre dívida anterior não renegociada – e liquidada – e subsídios. Isto sem contar apoios extraordinários, como o que o presidente da Câmara revelou ter sido concedido há poucas semanas aos Bombeiros de Gonçalo, para comparticipação na compra de uma ambulância. Joaquim Carreira, o único vereador do PS presente na reunião de ontem do executivo, refuta estes cálculos. Embora reconheça que a Câmara está a pagar valores em atraso desde 2011, sustenta que em 2014 o apoio directo aos bombeiros «foi zero». E diz que a corporação da Guarda, por exemplo, não pode receber menos de «cinquenta mil a sessenta mil euros anuais» de subsídio municipal. Valores inferiores estarão «aquém das necessidades básicas».
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