Esta quinta-feira, pelas 15 horas, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, vai reunir com o presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Luís Meira, para encontrar uma solução para o problema de retenção de macas dos bombeiros nos hospitais.
Nas últimas semanas têm sido reportados vários casos em que, durante toda uma tarde ou até noite, as ambulâncias e respetivos voluntários das Associações Humanitárias ficam retidos nas Urgências das unidades hospitalares à espera das macas. É com uma «apreensão enorme e perturbante» que o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito da Guarda (FBDG) olha para este constrangimento. «Sabemos que há picos, mas temos de criar soluções capazes de resolver este problema estrutural e demasiado grave», afirma Paulo Amaral à Rádio Altitude.
O responsável acredita que «uma das possibilidades será criar um parque de macas, em que entra a maca da ambulância e o doente é mudado para uma maca do hospital», sugestão que será possível «no distrito da Guarda, mas noutros sítios, como Lisboa, não será exequível».
Depois de surgirem ultimatos por parte da Liga, que ameaçou cobrar aos hospitais o tempo de retenção da maca (as primeiras duas horas, para além da hora inicial, taxadas a 50 euros, o segundo bloco de duas horas, a 100 euros, e o terceiro bloco de duas horas a 150), a verdade é que tudo continua igual, ou pior.
Esta quinta-feira a reunião servirá para analisar as «sugestões das federações de bombeiros, como reportar as reuniões periódicas com as administrações locais de saúde, adicionar uma adenda em que alguém terá de ser responsável pelo pagamento dos constrangimentos causados às associações pela demora da entrega das viaturas, pelo tempo que os profissionais se encontram a trabalhar, e a hipótese de haver uma via verde relacionada com as macas», adianta Paulo Amaral, presidente da FBDG.