A bancada do CDS, um dos partidos da coligação na Câmara da Guarda, declarou estar ao lado do PS na proposta que o maior partido da oposição apresentou hoje na Assembleia Municipal para que a taxa máxima do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) fosse reduzida de 0,45% para 0,35%, em vez dos 0,4% aprovados esta semana na sessão do executivo. O Partido Socialista conseguiu assim o criar o facto político pretendido com a apresentação de uma proposta formal sobre uma área em relação à qual, em anos anteriores, já tinha sido visível a discordância do parceiro do PSD na maioria municipal em relação às taxas do imposto. A votação não teve efeitos práticos, pois os eleitos social-democratas conseguem ter, sozinhos, larga maioiria e a indicação de voto do líder da bancada centrista não foi seguida pela totalidade dos deputados, tendo-se mesmo registado saídas da sala do momento do escrutínio. Mas o documento do PS conseguiu obter 17 votos favoráveis, 43 contra e 7 abstenções. Já a proposta da Câmara foi validada por 51 votos a favor, 6 contra e 8 abstenções, o que revela que houve quem tenha votado favoravelmente ambas as versões. Assim, a leitura política tirada de imediato pelo líder da bancada socialista foi a de ter conseguido inflingir «o primeiro rombo no porta-aviões» da maioria, adiantando que poderão seguir-se outros.
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