Foi como se a noite de 1 de Outubro tivesse sido prolongada pela tarde de 18 de Dezembro: ontem, na primeira sessão da Assembleia Municipal da Guarda do novo mandato, algumas intervenções reflectiram como que um rescaldo eleitoral que estava por fazer com todos os protagonistas presentes na mesma sala. Joaquim Carreira, antigo vereador e agora líder da bancada do PS, abriu as hostilidades, acusando o reeleito presidente da Câmara de não ter estratégia e não querer tê-la. Isto deu a Álvaro Amaro a oportunidade para se estrear neste novo ciclo de debates com uma recomendação ao Partido Socialista: que rectifique os “temperos” do discurso, demasiado carregados de «fel e vinagre», ironizou. Mas isto era só o começo de uma Assembleia Municipal que durou mais de sete horas e teve outros momentos polémicos. António Monteirinho, também do PS, questionou se a proposta de concessão de apoio à reabilitação do campo de jogos de Vila Cortês do Mondego teria a ver «com algum favor político». Referia-se ao facto de Lúcio Valente, presidente da Junta anteriormente eleito pelo PS, ter concorrido como independente e apoiado Álvaro Amaro para a Câmara. O autarca da freguesia não se conteve e respondeu a Monteirinho que «sou mais socialista que o senhor».
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