Está adjudicada a primeira fase do Porto Seco da Guarda. A obra foi hoje adjudicada pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), disse a O INTERIOR Dulcineia Catarina Moura, que recebeu a informação do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.
A deputada e candidata da AD congratulou-se com a adjudicação de uma obra que «reforça a capitalidade» da cidade. «É um grande projeto para a Guarda, já felicitei todos os envolvidos, incluindo os do governo anterior, mas não fossem as démarches do Governo da AD não teríamos certamente esta concretização tão importante para aquilo que vai ser a dinâmica económica da Guarda, do concelho e da região», disse Dulcineia Catarina Moura.
Aida Carvalho, candidata do PS, também já comentou a decisão, mas estranhou o “timing”. «Apesar de se ter arrastado durante um ano, até à última semana da campanha eleitoral, está finalmente adjudicada, por 4,1 milhões de euros, a primeira fase do terminal ferroviário de mercadorias da Guarda. Esta concretização deve-se, muito, à insistência da deputada Ana Mendes Godinho, que na Assembleia da República interpelou diretamente o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, exigindo compromissos concretos para o avanço deste projeto estratégico, que o anterior Governo, do PS, tinha deixado concluído», lê-se numa publicação nas redes sociais.
Para a cabeça de lista socialista, esta foi «a maior decisão estratégica de um Governo» no distrito da Guarda neste século. «Nos últimos 40 anos, todos os grandes investimentos estratégicos no distrito da Guarda tiveram sempre a marca de Governos do Partido Socialista. A Guarda está de parabéns», conclui Aida Carvalho.
A Câmara da Guarda também já reagiu. «O processo esteve parado devido a uma questão formal que impedia a APDL de concorrer aos fundos comunitários, entretanto também garantidos através do financiamento no valor de 4 milhões de euros, no âmbito do Programa Regional do Centro – Centro 2030. A candidatura aos referidos fundos foi submetida ontem», lê-se no documento.
O projeto prevê a construção de um edifício administrativo, serviços aduaneiros, a extensão das vias-férreas existentes de forma a acomodar um comboio de mercadorias com o comprimento de 750 metros.
Contempla o aumento e reforço do terrapleno para permitir a movimentação de mais de 45.000 contentores de 20 pés por ano e a vedação do perímetro e controlo de acessos. A empreitada compreende ainda a alimentação elétrica para a ligação de contentores frigoríficos, telecomunicações e circuito de videovigilância, a instalação de uma báscula rodoviária e barreiras acústicas e integração paisagística.
«A APDL tem reiterado que o Porto Seco da Guarda é fundamental para fortalecer a eficácia da ligação de carga aos portos marítimos do Atlântico e Espanha através da ferrovia», recorda a autarquia.