O galardoado com a edição deste ano do Prémio Eduardo Lourenço define o conceito de pátria como «o nosso tempo de vida». António Sáez Delgado, professor de Filologia Hispânica na Universidade de Évora, confessa que «nos últimos vinte anos passei o mesmo tempo em Portugal e em Espanha». Os dois países estão divididos por «uma fronteira indecifrável, uma distância espectral», que os cidadãos da raia percebem melhor: «nasci numa terra pobre de interior [Badajoz] e trabalho numa terra pobre de interior [Évora]». O prémio, instituído pelo Centro de Estudos Ibéricos, foi ontem entregue numa sessão na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na presença do ensaísta e o do embaixador de Espanha em Portugal. O presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, referiu-se ao CEI como «uma marca de que eu gosto particularmente» e deixou o desafio a que o Prémio Eduardo Lourenço evolua para «um novo figurino», que distinga também acções na área «da coesão do território».
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