O médico António Ferrão, que vai deixar de ser director do serviço de Cirurgia do Hospital da Guarda, garante que não permanecerá nesta unidade em qualquer outra função e que, logo que possa, regressará ao Hospital de São João, no Porto, de onde veio em 2013 ao abrigo do regime de mobilidade. Ouvido pela Rádio, o clínico diz que «Não fico num hospital onde não querem pessoas a trabalhar para o doente».
O clima de conflito permanente entre cirurgiões no Hospital da Guarda vai levar a Unidade Local de Saúde a afastar o director daquele serviço. Gil Barreiros, director clínico da ULS, confirma a decisão, invocando que se deve ao facto de a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde ter detectado a «falta de audição prévia» à nomeação para as funções. A IGAS terá, por isso, obrigado a ULS a exonerar o director do serviço de cirurgia. Mas Gil Barreiros garante que esta «mera questão processual» não coloca em causa o desempenho como médico, nem a permanência na Guarda.
Este é o culminar de um dos muitos processos interpostos entre médicos do serviço de cirurgia, num clima que tem de ser rapidamente pacificado, considera o director clínico da ULS da Guarda.
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