António Costa apresentou a sua demissão a Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, esta terça-feira. A informação foi confirmada pelo Primeiro-ministro na comunicação feita ao país ao início da tarde na residência oficial do governante.
A decisão foi tomada na sequência de buscas em São Bento, visando o seu chefe de gabinete, Vítor Escária, e membros do seu Governo.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o primeiro-ministro é alvo de uma investigação autónoma do Ministério Público num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça
«No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido. Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente», lê-se numa nota hoje divulgada pela PGR. O Ministério Público está ainda a realizar buscas num o processo que estará relacionado com o negócio do lítio e hidrogénio.
Para além da residência oficial de António Costa também vários ministérios foram alvos de buscas durante a manhã desta terça-feira. Foram detidos o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o consultor próximo de António Costa, Diogo Lacerda Machado e o presidente da Câmara de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, bem como dois executivos de empresas.
(atualizada)