Paulo Macedo convidou-a para o lugar e José Tereso comunicou-lhe a exoneração cerca de um ano depois. Agora que o Tribunal da Guarda a absolveu da prática do crime de abuso de poder (num processo que terá ditado o afastamento), a antiga presidente da Unidade Local de Saúde diz esperar que tanto o ministro da Saúde como o presidente da Administração Regional de Saúde lhe façam pelo menos um telefonema, a exemplo de manifestações que recebeu localmente: cita, por exemplo, o presidente da Câmara, Álvaro Amaro, o deputado e presidente da distrital do PSD, Carlos Peixoto, e o próprio actual presidente da ULS, Carlos Rodrigues. Da atitude das estruturas do Ministério da Saúde poderá fazer depender um eventual processo contra o Estado, por dados morais e materias. «Ainda estamos a reflectir» mas «não estou morta nem me quero reformar ainda», diz Ana Manso na primeira entrevista após a sentença, onde explica a indicação do marido, Francisco Manso, para auditor interno (o caso que levou ao processo) e faz outras revelações, como a da existência de um cronograma revisto das obras de remodelação e ampliação do Hospital da Guarda. Obras que estariam terminadas exactamente este mês, segundo a calendarização do início de 2012. Mas as equipas que lhe sucederam terão desistido daquele plano, perante a recusa do ministério em fazer mais investimentos no Parque da Saúde.
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