Um estudo da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) revela que falta uma maior articulação entre o transporte rodoviário e ferroviário na Beira Interior, onde a oferta não é adequada.
O trabalho “Mobilidade integrada na Beira Interior” menciona que o serviço ferroviário, «um dos eixos estruturais de desenvolvimento», não mereceu a atenção devida. Através do documento, a AMT sublinha que uma maior articulação entre os dois serviços «não seria expectável, dada a ausência de oferta adequada». É ainda referido «o desinvestimento na ferrovia; o financiamento pouco equitativo, por parte do Estado, para investimento no interior; e a ausência de fontes alternativas, estáveis e previsíveis, sobretudo no interior». Através do estudo defende-se que o Orçamento do Estado contemple medidas de discriminação positivas para os territórios de baixa densidade e outras formas de distribuição de verbas também para efeitos de gestão do sistema de transportes.
No documento é sublinhada «a inevitabilidade de envolver as Comunidades Intermunicipais (CIM) da Beira Baixa e das Beiras e Serra da Estrela na implementação de um sistema completo de Mobilidade Integrada, tendo em conta a complexidade da operação», nomeadamente entre a Guarda, Belmonte, Covilhã, Fundão e Castelo Branco.