«Um profissional da picardia». Foi como o presidente da mesa da Assembleia Municipal da Guarda se referiu ao deputado António Monteirinho, do Partido Socialista, depois de este ter questionado o «sentido democrático» de Fernando Carvalho Rodrigues na gestão dos tempos das intervenções: «Vossa Excelência devia honrar os 41 anos da liberdade», disse, antes de lhe ter sido retirada a palavra. Um momento tenso durante a intervenção do deputado do PS sobre a Conta de Gerência de 2014, na qual assinalou o que disse ser uma discrepância entre os valores do endividamento declarados nos documentos oficiais e os invocados na auditoria externa apresentada há um ano. Monteirinho acusou o presidente da Câmara de «hipocrisia colossal». Álvaro Amaro rebateu com acusações de «ignorância pessoal» e «ignorância técnica». E questionou directamente o deputado socialista: «O senhor sabe qual é a diferença entre um passivo e um défice?»; ou «sabe a diferença entre um défice e uma dívida?». Para concluir afirmando que «o senhor não percebe nada disto!». Nesta sessão da Assembleia Municipal a apresentação dos relatórios de contas foi feita por técnicas da Câmara e dos Serviços Municipalizados, tendo ficado para Álvaro Amaro a argumentação política.
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