Álvaro Amaro: providência para parar toda a obra do parque foi «uma rasteira à Guarda» com «motivações políticas» - Rádio Altitude

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O presidente da Câmara da Guarda confirma que a autarquia foi notificada da aceitação, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, de uma providência cautelar que tem como efeito a suspensão da totalidade das obras de requalificação do parque municipal e não apenas do abate de árvores previsto no projecto. Acusa, assim, os cidadãos promotores da acção de terem desenvolvido «uma rasteira à Guarda» com «motivações políticas».

A paragem da totalidade dos trabalhos tinha sido reclamada, pelos próprios autores da providência [ver notícia anterior aqui], como um dos efeitos da iniciativa judicial, e Álvaro Amaro vê nessa formulação intenções que vão para além da contestação ao corte de árvores.

As obras de reabilitação do parque municipal, no valor de 270 mil euros, deviam ter começado na segunda-feira e a acção foi interposta no dia últil imediatamente anterior, implicando agora um adiamento que pode durar semanas. Daí que o presidente da Câmara desafie os treze cidadãos subscritores a reformularem o pedido concentrando-se apenas na salvaguarda das árvores (que diz serem «vinte e três em mil e noventa e oito»), mas deixando a obra decorrer para que «o espaço seja usado e fruído pelos guardenses». «Eu quero que o parque, com segurança durante 24 horas, seja utilizado» num futuro próximo, sublinha.

Álvaro Amaro também responde que não irá estar presente no debate promovido pelo mesmo grupo de cidadãos, no auditório que a própria autarquia lhes cedeu para o efeito no Paço da Cultura. «Eu não debato com pessoas que não jogam jogo limpo», afirma, lembrando que os projectos tiveram uma sessão de apresentação pública, «Alguém [dos autores da providência] esteve disponível para, de uma maneira clara, dialogar com a Câmara, que abriu as portas?», pergunta, questionando também: «Vão fazer um debate depois de terem posto a Câmara da Guarda em tribunal?». Aos que moveram o processo, o presidente da autarquia faz, por isso, um pedido: «Deixem a Guarda em paz e batam em mim». Porque, conclui, «é de política que estamos a falar. Não vale a pena ninguém abrigar-se em nome da defesa das árvores».

Os mesmos promotores da providência cautelar, de uma petição electrónica [ver notícia anterior aqui] e de um grupo de protesto contra o abate de árvores na Avenida Cidade de Salamanca [recordar notícias aqui, aqui, aqui, aqui e aqui] vão organizar no dia 27 um debate sobre este e outros projectos de requalificação da cidade, dispondo-se a questionar e a discutir as soluções preconizadas pela Câmara.

No caso do parque dizem querer «ficar com todas as árvores» e são contra o pavimento previsto no prtojecto. «A betonilha seria muito dura para quem vai ao parque correr e emanaria mais calor nos verões já de si demasiado quentes», além do risco de «impermeabilizar os solos». Exigem, por isso, «saibro nos pavimentos, uma opção drenante e ecológica».

Em relação ao Jardim José de Lemos questionam que se retire «o buxo em redor do jardim», quer se use também betonilha nos caminhos, que se troque «pedra antiga do lancil dos canteiros por metal» e que se subsituam os bancos.

Também colocam dúvidas quanto às intervenções no largo da Igreja da Misericórdia e na Rua do Comércio.

É tudo isto que querem debater porque, afirmam no manifesto, «algumas intervenções pretendidas pela Câmara Municipal da Guarda levantam questões que queremos ver repensadas pelas autoridades camarárias». Convidaram para tal o arquitecto Henrique Schreck e o professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Luís Martins.

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