O ex-presidente da Câmara e actual eurodeputado, Álvaro Amaro, garante que continua atento e informado acerca do que se passa na Guarda. Em especial, admite, em relação à situação no PSD e na autarquia que liderou até há um ano.
«Faz parte da minha responsabilidade de cidadão e de político. É meu dever estar informado», refere em declarações à Rádio. Porém, quando instado a pronunciar-se sobre o actual momento político, recusa falar do assunto. Mas, garante, «eu falarei».
Reclama ter deixado «um projecto político que espero que não seja interrompido» e «um património político muito importante que me orgulha muito». Mas sobre os acontecimentos dos últimos meses nos órgãos autárquicos e no partido afirma que «eu falarei sobre isso, mas hoje e agora não é tempo para isso».
De resto, Álvaro Amaro reconhece que o seu nome continua indissociável das funções que exerceu: «As pessoas da Guarda que encontro ou com quem falo ou que se me dirigem tratam-me por presidente». E o agora eurodeputado não faz questão de corrigi-las. «Eu não só não me importo como tenho muito gosto», sublinha. «Sinto-me bem nessa pele».
Declarações à margem de uma entrevista à Rádio, a propósito da apresentação de uma iniciativa política, no Parlamento Europeu, com a qual alertou a Comissão Europeia para a necessidade do reconhecimento das especificidades dos territórios de baixa densidade, com uma dotação financeira dedicada.
Na sequência do que já havia abordado numa audição à comissária Elisa Ferreira, o eurodeputado do PSD formalizou a proposta. «Não se trata de exigir mais dinheiro para os territórios de baixa densidade, mas simplesmente que se possa aproveitar a maior flexibilidade permitida e o acréscimo de fundos previsto no âmbito das medidas de combate ao COVID-19, para lançar medidas específicas de apoio a estes territórios à escala europeia, que se possam prolongar ao longo do próximo Quadro Financeiro Plurianual», explica.
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