«Ainda não é tempo de decidir». É assim que Álvaro Amaro reage às notícias dos últimos dias (e das últimas horas) que o dão entre recandidato à Câmara da Guarda ou já praticamente assumido candidato a Coimbra. Com o PSD em dificuldades nas candidaturas às duas maiores autarquias do país (Lisboa e Porto), tudo parece jogar-se na terceira cidade mais importante. A eventual derrota do socialista Manuel Machado – que é também presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses – teria um efeito simbólico para os social-democratas. E o nome de Álvaro Amaro surge no topo das hipóteses. Além de residir naquele cidade, ganhou a fama de "caçador de troféus" em eleições autárquicas: conquistou Gouveia em 2001 e a Guarda em 2013, tidas até então como redutos inabaláveis do PS no poder local. Daí o facto de o nome do também presidente dos Autarcas Social-Democratas aparecer desde há mais de um ano como uma forte possibilidade. Algo que o próprio admitiu pela primeira vez de forma clara em entrevista à Rádio há três semanas, quando revelou estar a ponderar seriamente esse cenário, embora sublinhando que não coloca um menor grau de seriedade na hipótese de se apresentar a um segundo mandato na Guarda. Mas a poucos dias de o PSD e o CDS formalizarem o acordo para coligações autárquicas, a imprensa do fim-de-semana colocava de novo a atenção no caso de Coimbra. Tanto o semanário Sol como o diário online Observador davam como certo que Álvaro Amaro está decidido a concorrer no concelho onde vive, embora recentes sondagens possam obrigá-lo a uma maior reflexão, por lhe darem melhores resultados na Guarda do que em Coimbra. «O partido tem medo de perder uma câmara que está segura, a Guarda, e não conseguir conquistar Coimbra», referia um dirigente do PSD citado pelo Observador. «Os estudos de opinião feitos pelos sociais-democratas revelaram que Álvaro Amaro é um candidato mais forte na Guarda do que em Coimbra», noticiava o Sol. Já esta noite, a televisão SIC anunciava a candidatura a Coimbra como já assumida no PSD e tendo o apoio do CDS. Mas Álvaro Amaro garante que não houve nenhuma evolução formal ou informal nesse sentido – nem no contrário, sublinha. Contactado há minutos pela Rádio, o presidente da Câmara da Guarda assegurou não ter dado nenhuma indicação e limitou-se a remeter para o que afirmou na grande entrevista a 23 de Novembro [ver aqui], recusando comentar as notícias das últimas horas.
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