De todas as memórias que conservava dos dois mandatos em que presidiu à Assembleia Municipal da Guarda, António de Almeida Santos tinha particular orgulho numa: a de ter ido dar posse às juntas de freguesia do concelho da Guarda nas próprias aldeias, no Inverno rigososo após as primeiras eleições para estas autarquias. Acto simbólico que o fez percorrer todo o concelho, naqueles tempos iniciais da Democracia. Memórias lembradas na última entrevista que deu à Rádio, em Setembro do ano passado, quando veio à Guarda em campanha para as legislativas, com a filha, Maria Antónia Almeida Santos, a concorrer a deputada pelo distrito. Foi nessa altura que lamentou também o silêncio do anterior secretário-geral, António José Seguro, face aos ataques de que os últimos governos socialistas estavam a ser alvos. Declarações que agora recordamos. O antigo presidente da Assembleia da República, presidente honorário do Partido Socialista e primeiro presidente da Assembleia Municipal da Guarda, natural de Cabeça, no concelho de Seia, morreu ontem à noite, aos 89 anos, a poucos dias de completar 90. A Câmara da Guarda já decretou três dias de luto municipal. A sala de sessões da Assembleia Municipal tem, desde Junho de 2010, o nome do primeiro presidente.
Oiça aqui: