As Aldeias Históricas de Portugal conseguiram o certificado AQUA+, um «referencial de classificação e promoção de eficiência hídrica» em edifícios desenvolvido pela ADENE – Agência para a Energia. É mais um passo para o objetivo de «ser o primeiro destino turístico carbono neutro do país» uma vez que a Associação de Desenvolvimento Turístico é a primeira entidade a ter edifícios classificados com os três fatores de eficiência hídrica: «AQUA+ – AQUA+ Residencial, AQUA+ Comércio & Serviços-Hotéis e AQUA+ Comércio & Serviços-Escritórios».
Em Almeida foi classificada como AQUA+ Residencial uma moradia unifamiliar, cujas melhorias passam pela «instalação de torneiras e sistemas de duches mais eficientes, de uma rede de circulação e retorno de água quente, e de um sistema de medição de consumos de água inteligente, permitirão a poupança de 107m3 de água e de 57 € anualmente». Como AQUA+ Comércio & Serviços – Hotéis foi classificado o empreendimento turístico do INATEL de Linhares da beira, um hotel rural com 26 unidades de alojamento e que usa «a água proveniente da Serra da Estrela para as regas das áreas verdes». Para melhorar foi proposto a instalação de um «sistema de monitorização inteligente com contadores parciais em pontos-chave da rede de água, e a criação e implementação de um plano de gestão da água».
E há ainda outro edifício destacado, desta vez como AQUA+ Comércio & Serviços – Escritórios, o edifício da Câmara Municipal de Almeida. Tendo em conta as necessidades de rega, foram propostas medidas de melhoria que permitem poupança de 221m3 de água por ano, como por exemplo a substituição de «dispositivos (torneiras e autoclismos), e a criação de campanhas de sensibilização, como a colocação de sinalética de redução do consumo de água, a formação de colaboradores e a elaboração de manual de boas práticas em temas de sustentabilidade e eficiência hídrica».
A Rede de Aldeias Históricas de Portugal pretende tornar-se a «primeira, a nível europeu, a beneficiar de um estatuto de eficiente nos domínios hídrico e energético, assente na visão estratégica». É mais um passo para atingir a «neutralidade carbónica».