É a segunda vez em cinco anos que a Assembleia Municipal da Guarda aprova uma moção de repúdio. Em 2010 o órgão autárquico estreou esta figura regimental contra o então director do Teatro Municipal, Américo Rodrigues (devido a intervenções públicas num blogue pessoal que mantinha), numa proposta do na altura presidente da Junta de Freguesia de Aldeia Viçosa, Baltazar Lopes, que obteve ampla votação. Hoje foi o PSD que apresentou uma moção de repúdio contra o vereador socialista Joaquim Carreira, ainda a propósito das declarações à Rádio há quase um mês [ver aqui e aqui], em que o eleito pelo PS classificou o presidente da Câmara, Álvaro Amaro, como «um mercenário da política» e, num balanço da primeira metade do mandato, considerou que «a montanha pariu um Alvarinho». O silêncio das estruturas do PS e do PSD foi então criticado [ver aqui]. Mas se a concelhia socialista manifestou, ainda que uma semana depois, o apoio aos vereadores, já da parte da coligação PSD/CDS, que sustenta a maioria no executivo, não houve qualquer tomada de posição. Até que hoje – e por proposta apenas dos social-democratas – foi apresentado o voto de repúdio. Mas a resposta do PS não foi enérgica. E na votação não houve unanimidade na bancada socialista. A moção foi aprovada por 40 eleitos do PSD e do CDS e teve 17 votos contra, sendo que dois foram do Bloco de Esquerda. A CDU absteve-se, assim como oito elementos da bancada do PS. Hoje a Assembleia aprovou também o Plano e Orçamento da Câmara para 2016. A CDU e o Bloco de Esquerda abstiveram-se e só alguns deputados do PS votaram contra (nem toda a bancada seguiu portanto o mesmo sentido de voto).Os documentos passaram por larga maioria, com 56 votos a favor, 7 abstenções e 9 votos contra.
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