Há vinte e cinco anos que Rui Sousa utiliza a bicicleta como meio de transporte, em lazer ou em trabalho. E nas últimas semanas assistiu às notícias acerca da transformação operada em cidades de vários pontos do mundo, que criaram espaços para a circulação de peões e ciclistas. Mais um sintoma do “novo normal” resultante do confinamento imposto pela pandemia, em que muitas pessoas começaram (ou recomeçaram) nas caminhadas ou retiraram as bicicleta da garagem.
Na Guarda o número de praticantes de ciclismo já era crescente, mesmo antes desta fase, mas Rui Sousa está empenhado na sensibilização para um novo paradigma: a troca do automóvel pela bicicleta, mesmo nas deslocações dentro da cidade.
Apesar do relevo, não é impossível que se criem novos hábitos, preconiza. Basta fazer algumas alterações, delimitar zonas pedonais e para velocípedes e estabelecer, manter e divulgar uma rede de percursos, na área urbana e em todo o concelho.
No que ao centro da Guarda diz respeito, Rui Sousa assinala as características únicas do “planalto” em que a cidade assenta. Defende, por isso, o encerramento total ou parcial de várias ruas ao trânsito automóvel, para uso exclusivo de peões e ciclistas. A mudança traria benefícios ao ambiente, às pessoas e ao próprio comércio local, assegura.
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