A sessão contou com a animação de Joaquim Igreja e teve como convidado Nélson Oliveira, professor adjunto do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), que, além de investigador do tema, é também ele próprio um retornado. «Achámos que era bom que ele nos ajudasse a compreender melhor este fenómeno e também a mostrar a sua leitura deste livro», referiu Joaquim Igreja em entrevista, destacando o simbolismo da escolha da obra, precisamente no ano em que se assinalam os 50 anos da ponte aérea entre as ex-colónias africanas e Portugal.
Com sessões previstas de dois em dois meses, o Clube de Leitura da BMEL propõe uma abordagem ampla à leitura, como explicou o animador: «A filosofia do clube é que sejam obras de autores variados, de géneros também variados e não será apenas literatura. Podem ser memórias, poesia e outros géneros». A próxima sessão já está marcada para o dia 10 de julho.
O Clube é aberto ao público adulto em geral, com inscrições feitas por e-mail ou telefone. Segundo Joaquim Igreja, a participação deverá rondar algumas dezenas de pessoas por sessão, número adequado ao espaço da biblioteca. A iniciativa tem como missão central o incentivo à leitura e à criação de laços: «É engraçado como nós reparamos que duas pessoas não têm a mesma leitura, porque não têm a mesma experiência de vida. Essa variedade traz riqueza ao debate».
Além da análise da obra escolhida, cada sessão contará com um convidado especial, seja o próprio autor ou alguém com ligação ao tema do livro. Para o animador das sessões, esta é uma forma de «ligar as pessoas aos livros, criar pontes entre leitores e fazer com que o ato de ler seja também um momento de encontro e reflexão».