
O Prémio Eduardo Lourenço foi entregue, esta quinta-feira, ao cardeal D. José Tolentino de Mendonça durante a sessão solene dos 826 anos da fundação da Guarda.
O poeta, escritor e teólogo, que é perfeito do Dicastério para a Cultura e Educação no Vaticano, disse-se “muito grato” por receber o galardão atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), que está a comemorar 25 anos de existência, e fez questão de o partilhar com os professores, uma «classe em crise».
«Sentem-se remetidos a uma precariedade nas condições de trabalho, perdidos na complexidade sempre maior dos requisitos burocráticos para o desenvolvimento das próprias funções, ou então apresentam-se feridos por uma espécie de solidão social. É como se aquilo que tivessem para dar, hoje, valesse menos», alertou Tolentino de Mendonça.
Segundo o galardoado, «o legado» do pensador e mentor do CEI é «relevar o papel da Educação e da figura do professor». Tolentino de Mendonça revelou que os 10 mil euros do Prémio Eduardo Lourenço serão doados para a recuperação da Casa da Juventude de Franciscus, na Guarda, no antigo Lar Académico, que vai ser dedicada aos jovens.
Sérgio Costa, presidente da Câmara da Guarda, justificou que fazer a entrega do Prémio Eduardo Lourenço no Dia da Cidade teve como objetivo «afirmar, de forma inequívoca, a centralidade da cultura no futuro da Guarda, como pilar de identidade, de desenvolvimento e de projeção da nossa cidade na Ibéria, na Europa e no mundo».
A cerimónia contou com várias intervenções, nomeadamente de Francisco José Viegas, que fez o elogio de Tolentino de Mendonça; do Cardeal Patriarca de Lisboa D. Rui Valério; Valentin Cabero Dieguez, antigo professor da Universidade de Salamanca, e Seabra Santos, ex-reitor da Universidade de Coimbra.
Sónia Sá, professora universitária, fez o elogio à Guarda. Houve vários momentos musicais por alunos do Conservatório de Música S. José da Guarda e da fadista Cristina Branco, que interpretou um tema escrito por Seabra Santos em homenagem a Eduardo Lourenço.







