«Não há nada», «não há um único tubo» do antigo órgão da Sé da Guarda que foi danificado durante as invasões francesas e acabaria desmantelado em 1907, na grande requalificação do monumento conduzida pelo arquitecto Rosendo Carvalheira. As peças foram armazenadas no edifício do Seminário Maior mas, mais de um século depois, apenas existem alguns detalhes da talha ornamental. Nenhum componente essencial do antigo instrumento chegou até aos nossos dias. Por isso, o vigário-geral da Diocese, Manuel Pereira de Matos, estranha que a Direcção Regional de Cultura tenha ordenado a substituição do projecto de um órgão novo, que teria já financiamento comunitário assegurado, por outro que se baseia no restauro do que existiu. A espera prossegue, depois de décadas de entraves por parte dos poderes públicos à colocação do instrumento clássico numa das únicas catedrais do país que não tem um.
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